sexta-feira, 13 de maio de 2011

Jovens do mundo todo faturam com projetos científicos nos EUA

Por Folha. Com Folhateen

Esta sexta-feira 13 não teve nada de assustador para uma turma de estudantes brasileiros viajando por Los Angeles. Exceto o terror da ansiedade, a premiação da maior feira de ciências do mundo foi generosa aos alunos, que faturaram quase 20 prêmios --desde US$ 500 até US$ 60 mil em bolsas.

A delegação brasileira, formada por 18 projetos, foi escolhida para participar desse evento, o de maior prestígio do mundo na área, durante duas feiras de ciência nacionais, a Mostratec (em Novo Hamburgo, RS) e a Febrace (em São Paulo). Talvez você se lembre das visitas que o Folhateen fez a esses encontros científicos, nos últimos anos.
 Time brasileiro na feira internacional de ciências de Los Angeles

A Isef, feira internacional de Ciências e Engenharia organizada pela Intel, reúne anualmente cerca de 1.500 estudantes de mais de 60 países. Boa parte dos alunos vem dos EUA, como era de se esperar, mas há estudantes de cantos distintos como China, Costa Rica e as divertidíssimas garotas da Arábia Saudita (sim, elas comemoravam fazendo aquele som curioso com a garganta, tipo "ululululululai!").

Os projetos também prezavam a variedade de tema, além da geográfica. Havia, é claro, pesquisas específicas envolvendo cálculos complexos e gráficos ininteligíveis ao público leigo. Em alguns casos, o esforço dos bem-intencionados alunos de explicar teorias ao repórter falharam.

Mas parte dos trabalhos levados a Isef eram de áreas nem sempre englobadas quando se fala de "ciência". Eram os projetos nas ciências humanas, como psicologia. O Brasil estava bem representado nessas áreas com pesquisas em hábitos alimentares e em deficit de atenção, para citar dois dos premiados.


Time brasileiro na feira internacional de ciências de Los Angeles
Além dos estudos --que exigiram disposição dos estudantes para explicar os projetos às vezes para mais de dez jurados durante um dia todo, de pé--, os rapazes aproveitaram a viagem para o descanso merecido após meses de pesquisa. O cronograma oficial do evento incluía uma visita noturna a um parque de diversão fechado exclusivamente para as delegações.

Entre os visitantes, que conferiram os projetos durante horários específicos nesta semana, o comentário padrão era de que "Nossa, como eles sabem de tanta coisa? Eu, com a idade deles, só pensava em ir ao cinema". Mas os professores e cientistas presentes no evento explicaram: "Alunos de ensino médio são capazes de pesquisar como gente grande".

Os garotos brasileiros, e também o restante dos participantes, embasam essa visão. Voltam para casa não só com milhares de dólares, mas com pesquisas que ainda querem aprofundar e, por que não, patentear. Isso em termos de "achievements", como tanto se diz por aqui, nos EUA. Mas a bagagem desses rapazes vem mais pesada do que isso --traz amigos, a primeira viagem internacional de muitos deles, a satisfação pessoal e uma carreira que já começa com o brilho de quem vai longe.

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